Mobilização social no Mogilar desencadeou melhorias para o bairro
É possível realizar uma grande lista de atividades que trouxeram resultados concretos, mas sem dúvidas o desassoreamento do Rio Tietê e a descoberta da Ilha Marabá são as maiores e mais visíveis conquistas da Associação de Moradores Amigos do Mogi Lar. Lembrados por participantes, representantes da sociedade e moradores de outros lugares, as duas lutas são símbolos da união que gerou mudanças no bairro.
Estes projetos proporcionaram a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento da economia motivado pelo progresso no bairro e a descoberta de novos pontos turísticos. Resultados esses que só foram possíveis através de ações coletivas e propositivas junto ao poder público.
O primeiro grande projeto foi o desassoreamento do Rio Tietê. As obras beneficiaram os bairros Rodeio, Ponte Grande, Mogilar, Centro, Vila Industrial e Brás Cubas e foram investido pelo Governo do Estado R$ 1,14 milhão na dragagem de 33 mil metros cúbicos de assoreamento do fundo que compromete a vazão do rio Tietê e favorece a ocorrência de inundações.
Segundo o diretor da associação, José Araes foi o trabalho no Rio Tietê que originou a luta pela Ilha Marabá, segundo grande projeto. "Quando nós fizemos o primeiro desassoreamento do Rio Tietê, em 1997 aproximadamente, nós descobrimos aquela ilha. Reivindicamos ela para a prefeitura e descobrimos que tinha um dono", narra José Araes sobre a descoberta. Segundo ele, o dono não pagava os impostos e os moradores pediram que a Ilha fosse devolvida para a prefeitura.
Desde então neste pedaço da Mata Atlântica foi criado um pólo de informações ambientais que orienta a população interessa em conhecer as novas formas de preservação do meio ambiente. Hoje a ilha é coordenada pela organização não governamental Bio-Brás, do qual a Associação Amigos do Mogi Lar faz parte de seu conselho.
Planos para o futuro
Quando se começa é difícil parar. Dessa forma um projeto acaba desencadeando outro dentro da associação. O próximo passo é a drenagem de todos os córregos da região. "Nós já drenamos quase todos, mas ainda faltam dois", comenta Araes e diz que ainda não conseguiram colocar o projeto dentro do orçamento do governo, mas estão lutando para isso.