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Historiadora afirma que figura de líder é “referencial para a comunidade”

Em entrevista ao site Associação, Bianca Miranda, historiadora e integrante do Programa Fábricas de Cultura, discorre sobre diversos aspectos das associações e ONGs.

Motivações
Para ela o principal motivo de um grupo de pessoas se unirem e criar uma associação é a necessidade de suprir carências comuns de todos que moram no bairro. Segundo ela, é possível ver isso em geral nos lugares mais afastados dos centros urbanos, que existe um esquecimento da manutenção das estruturas básicas - estruturas essas, que se entende como, escolas, sistemas de saúde, saneamento, etc. - por parte de um governo brasileiro dito neo-liberalista, que torna sua gestão direcionada as camadas mais bem aparadas economicamente. “Os moradores entendem que sozinhos não são ouvidos pelas autoridades.”, afirma Bianca.

Liderança
A figura de um líder está é muito mais além do que apenas conduzir os moradores a se organizarem para conseguirem seus objetivos, é principalmente um referencial para toda a comunidade, que vê através de suas ações, um caminho para a condição básica de dignidade humana, representado pela moradia e estruturação urbana. 

Associações X Poder Público
Bianca acredita que dentro da perspectiva atual brasileira, o governo é presente e atuante diz no que a respeito de programas sociais ligados “a certo assistencialismo”, porém, ela acha uma falha, entre tantas outras, o Poder Público, não ter a preocupação devida com formação do cidadão. Além disso, as ONGs estão tão presentes nas comunidades, que até os próprios governos - seja municipal, estadual ou federal - estão incorporando cada vez mais essas organizações em seus projetos. Com a nomenclatura de 'parceiros', as ONGs continuam a fazer o trabalho do Poder Público, e estão se apropriando das necessidades sociais, educacionais e culturais da sociedade brasileira. Com este panorama, certamente o espaço das ONGs só vai aumentar, e o Poder Público apenas tende a afastar a responsabilidade com o cidadão, mesmo que este pague devidamente seus tributos e ofereça seus "votos" de confiança.